Minhas apostas - nem que seja para rir do fracasso segunda - para a premiação de domingo, divididas em quatro úteis categorias.
Pedra Cantada: Categorias responsáveis pelos momentos de silêncio assustador e aplauso discreto caso o franco-favorito ouse perder. São culpadas pelo fracasso de muitas apostas.
Nadou, Nadou: Aquelas cujos vencedores estão quase certos, mas tem sempre alguém correndo por fora.
Entre a Cruz e a Espada: Categorias nas quais os possíveis vencedores se dividem entre dois ou mais, mas que são altamente beneficiadas se a Academia decidir super valorizar o vencedor de Melhor Filme.
Uni-Duni-Tê: Aqui, qualquer coisa vale. Mandinga, reza braba, trevo de quatro folhas.
Não Vejo, Não Digo, Não Ouço: A beleza do chutômetro mor é adivinhar sem nada conhecer.
Categorias "Pedra Cantada" ou "Não se Esqueçam do Jason Reitman"
Melhor Ator: Colin Firth, por “O Discurso do Rei”
Melhor Filme de Animação: Toy Story 3
Melhor Roteiro Adaptado: Aaron Sorkin, por "A Rede Social"
Categorias "Nadou, Nadou" ou "Não se Esqueçam do Russell Crowe"
Melhor Filme: O Discurso do Rei
Melhor Atriz: Natalie Portman, por “Black Swan”
Melhor Ator Coadjuvante: Christian Bale, por "O Vencedor"
Melhor Maquiagem: The Wolfman
Melhor Curta de Animação: Day & Night
Melhor Roteiro Original: David Seigler, por "O Discurso do Rei"
Categorias "Entre a Cruz e a Espada" ou "Não se Esqueçam de Guerra ao Terror"
Melhor Diretor: David Fincher, por A Rede Social
Melhor Edição: A Rede Social
Melhor Direção de Arte: O Discurso do Rei
Melhor Figurino: Alice no País das Maravilhas
Melhor Fotografia: Bravura Indômita
Melhor Trilha Sonora: O Discurso do Rei
Melhor Edição de Som: A Origem
Melhor Mixagem de Som: O Discurso do Rei
Melhores Efeitos Visuais: A Origem
Categorias "Uni-Duni-Tê" ou "Não se Esqueçam da Marcia Gay Harden"
Melhor Atriz Coadjuvante: Helena Bonham Carter, por "O Discurso do Rei”
Melhor Documentário: Exit Through the Gift Shop
Melhor Canção Original: We Belong Together, de Toy Story 3
Categorias "Não Vejo, Não Falo, Não Ouço" ou "Não se Esqueçam de Chutar as Categorias não Vistas"
Melhor Documentário de Curta Metragem: Strangers No More
A grande celebração do cinema americano é amanhã e, em todo o mundo, blogueiros desesperados tentam adivinhar seus vencedores. Como sempre, existem categorias nas quais nem os especialistas (e sim, existe gente especializada em previsões de premiações) conseguem chegar a alguma conclusão.
Nestes casos, só nos resta o bom e velho Uni-Duni-Tê. Obviamente, nada impede o uso de Em-Cima-do-Piano-Tem-Um-Copo-de-Veneno. Vai da sua escolha pessoal.
Música (Canção Original)
“Coming Home” de “Country Strong” Música e Letra de Tom Douglas, Troy Verges e Hillary Lindsey
“I See the Light” de “Enrolados” Música de Alan Menken e Letra de Glenn Slater
“If I Rise” de “127 Horas” Música de A.R. Rahman Letra de Dido e Rollo Armstrong
“We Belong Together” de “Toy Story 3" Música e Letra de Randy Newman
Antes das indicações acontecerem, o vencedor da categoria estava praticamente decidido. Votos entregues, número de comédia preparado e... You Haven't Seen the Last of Me nem aparece.
Das músicas de Country Strong, eu prefiro Me and Tennessee, que é - por motivos óbvios - como Coldplay soaria se fosse uma banda country. Entretanto, Coming Home ainda é uma balada forte e interessante. Além disso, dizem que aparece em um momento central no filme, o que costuma ajudar. Seus concorrentes, porém, vêm de nomes provavelmente fortes demais para serem ignorados.
I See the Light é território familiar para Alan Menken, remanescente de suas canções originais das décadas de 80 e 90, que já lhe valeram 8 Oscars™. É tradicional a ponto de ser tradicionalista, mas representa um momento marcante do longa, o que pode ser suficiente para render a Menken sua nona vitória. Se você acredita em estatísticas, porém, ele recebeu Oscars™ duplos nos quatro anos em que foi indicado também para Melhor Trilha Sonora, e perdeu em todas as vezes que não recebeu a segunda indicação. Este ano I See The Light foi a única menção a seu nome pela Academia.
A.R. Rahman, depois dos prêmios recebidos pela trilha de Quem Quer Ser Um Milionário?, se uniu a Dido para compor a canção de 127 Horas. Os vocais me lembram um pouco as trilhas de Annie Lennoxe Enya nos filmes da trilogia O Senhor dos Anéis, mas não acho que tenha força o suficiente para vencer a categoria. Pode se beneficiar se decidirem dar a ele o único prêmio de seu filme.
De outro aclamado compositor vem We Belong Together, uma música divertida em um filme extremamente bem visto pela Academia e pelo público, além de ser parte de uma trilogia que causa saudosismo nos votantes. É provavelmente a melhor aposta neste contexto, já que o único Oscar™ de Randy Newman veio em 2002, por Monstros SA, apesar de suas 20 indicações.
Ai, se dependesse de mim...: Coming Home, de Country Strong
Uni-Duni-Tê: We Belong Together de Toy Story 3
Vale lembrar que este é um grupo que raramente segue o esperado. Alguém se lembra do Three 6 Mafia levando o prêmio pela fantástica canção sobre as dificuldades da vida de um cafetão?
Em uma das mais impressionantes seqüências do filme Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1, vemos uma inteligente solução n'O Conto dos Três Irmãos. Assim como no livro original, Hermione conta a lenda original das relíquias da morte para Harry mas o diretor David Yates foge do esperado e aposta em um aumento de orçamento que enriquece e muito a obra final.
A direção fica por conta do suíço Ben Hibbon, cuja primeira empreitada em um longa metragem parece ser o peculiar Pan, uma releitura do menino que se recusava a crescer como vilão em um thriller moderno.
No novo vídeo de sua série [the films of] revemos a filmografia de Danny Boyle. Suas características extremamente energéticas e caóticas são refletidas na montagem, assim como a predileção por interessantes trilhas sonoras.
Vencedores do Eddie, o prêmio do sindicato dos editores americanos, e com grandes chances no Oscar™ deste domingo, a dupla Angus Wall e Kirk Baxter faz um trabalho fantástico em A Rede Social e, em particulas, em uma das cenas mais memoráveis do longa - a Regata Henley.
"We could only shoot 3 races at the Henley Royal Regatta; We had to shoot 4 days of boat inserts in Eton. The only way to make the date for release was to make the backgrounds as soft as humanly possible. I decided it might be more “subjective” if the world around the races fell away in focus, leaving the rowers to move into and out of planes of focus to accentuate their piston-like effort."
Filmada e dirigida com uma incrível maestria, a sequência demonstra que este é - enquanto produção técnica - um filme muito maior do que uma simplista pseudo-biografia sobre o Facebook, como alguns têm dito. Auxiliada pela trilha sonora que, em uma decisão interessante de Atticus Ross e Trent Reznor, não é original, mas sim uma releitura de "In The Hall of the Mountain King", de Edvarg Grieg, este é um exemplo de excelência no cinema moderno.
Get out, go anywhere you want, go to a hotel, go live with her, and don't come back. Because, after 25 years of building a home and raising a family and all the senseless pain that we have inflicted on each other, I'm damned if I'm going to stand here and have you tell me you're in love with somebody else. Because this isn't a convention weekend with your secretary, is it? Or - or some broad that you picked up after three belts of booze. This is your great winter romance, isn't it? Your last roar of passion before you settle into your emeritus years. Is that what's left for me? Is that my share? She gets the winter passion, and I get the dotage? What am I supposed to do? Am I supposed to sit at home knitting and purling while you slink back like some penitent drunk? I'm your wife, damn it. And, if you can't work up a winter passion for me, the least I require is respect and allegiance. I hurt. Don't you understand that? I hurt badly.
Na definição de uma atuação coadjuvante, Beatrice Straight tem exatos 5 minutos e 40 segundos de cena nos 121 minutos do memorável Rede de Intrigas. A descrição do sofrimento da esposa traída foi suficiente para garantir à atriz um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 1976.
É este o tema do novo filme de Anne Hathaway, One Day. Baseado no livro de David Nicholls, o filme ilustra um romance nos moldes de Harry e Sally - Feitos Um Para o Outro, onde um casal se encontra uma vez por ano, ao longo de uma vida inteira.
Admito que a leitura não me agradou tanto quanto esperava, mas a diretora Lone Scherfig conseguiu resultados interessantes em Educação, também adaptado da literatura inglesa moderna. O pôster, lançado nesta semana, utiliza uma interessante coloração, quase sépia, que ilustra bem o tom do agridoce do romance.