Contagion, ou até quando spoiler é realmente spoiler

Contagion é o tipo de filme que cinéfilos mais conservadores poderiam, em primeiro momento, ignorar em função de sua temática. Realmente precisamos de mais um filme que faz reflexões sociais com metáforas pouco veladas usando a raça humana e determinada ameaça para sua sobrevivência? O pedigree por trás e em frente às câmeras, porém, logo os obriga a repensar. 

Dirigido por Steven Soderbergh (Traffic) e contando com Kate Winslet, Matt Damon, Jude Law, Gwyneth Paltrow, Marion Cotillard, Laurence Fishburne e Sanaa Lathan no elenco, rapidamente se transformou em uma das principais atrações do ano.

via /Film

O pôster divulgado esta semana, por sinal, mostra uma resistência louvável às cabeças flutuantes - coisa raríssima com tal elenco - e mostra um conceito extremamente interessante na formação do título. Duvido que as distribuidoras não nos darão pelo menos um daqueles designs dignos de medo, mas por hora foi um excelente trabalho por parte do time de divulgação.

A grande polêmica dos últimos dias, porém, foi a suposta presença de spoilers no trailer de Contagion. Veja - e continue lendo - por sua própria conta e risco.

Sim, a julgar por ele, a personagem de Gwyneth Paltrow morre. Sim, isso me faz querer ver o filme ainda mais. E não, não acho que tenha sido um erro da produção divulgar esta informação.

Pra começar,  ninguém sabe quando esta morre ocorrerá e nem mesmo se não é um sonho/trama paralela que faz com que os médicos digam isso ao personagem de Matt Damon. Além disso, em um filme com grandes nomes, o público cria um falso senso de segurança que é rapidamente dissipado com este trailer. Se mataram a coitada da Gwyneth, o que os impede de matar Kate Winslet?

Esse tipo de dúvida fica na cabaça do espectador até o fim da película, que não tem a certeza - tão presente em filmes de ação regulares - de que tudo terminará bem no final.

The Amazing Spider-Man

Via /Film

Apesar do poster doloroso - que eu realmente espero ser temporário - The Amazing Spider-Man se apresenta como mais um promissor blockbuster de 2012.

O trailer mostra uma visão diferente da de Sam Raimi e o elenco encabeçado por Andrew Garfield e Emma Stone me agrada bastante. Não sou grande fã da sequência em primeira pessoa no final, mas o resultado geral parece interessante.

Tinker, Tailor, Soldier, Spy

Plot Device

Plot Device from Red Giant on Vimeo.

Aparentemente, hoje é o dia das propagandas mas hey, pelo menos estou postando.

Este curta é uma divulgação de uma ferramenta para realizadores de filmes mas vale a pena conferir. Em Plot Device, um rapaz encontra um dispositivo misterioso que transforma seu jardim em cenários típicos do cinema.

Você é capaz de identificar todas as referências?

Lady Dior - Moscou

Diga o que for das grifes de luxo, elas sabem fazer propagandas decentes.

A Dior tem, há tempos, a série Lady Dior. Geralmente com a Marion Cotillard, cada edição é dirigida por nomes conhecidos do cinema e homenageia uma cidade do mundo. Desta vez, porém, a grife usou um conceito tão legal que merece ser repassado.

Com idéia original de John Cameron Mitchell (Rabit Hole), a artista Kseniya Simonova utiliza areia, uma caixa de luz e muito talento para mostrar que muitas vezes, uma história não precisa de palavras para ser contada.

Brave

Melhor do que Cars 2? Provavelmente.

62

Feliz aniversário àquela que é, para muitos, a maior atriz em atividade do cinema americano.

Os Maiores Tapas do Cinema

Via Awards Daily

Um ode à todo o comportamento passivo agressivo demonstrado pelo cinema mundial. 

O fim está próximo

Depois de sete livros, oito filmes e muito dinheiro gasto, a franquia Harry Potter chega ao fim dia 15 de julho. Admito que foi a série - mais de uma década atrás - que me fez uma verdadeira leitora, e sempre terei um carinho pelos filmes, mesmo que não sejam maravilhas cinematográficas.

O trailer final mostra que a decisão de dividir Harry Potter e as Relíquias da Morte em duas partes, ainda que  provavelmente motivada por questões monetárias, pelo menos serviu para não cortarem totalmente cenas adoradas pelos fãs, como o ataque das armaduras e o duelo final de Bellatrix. Além disso, a trilha sonora do Desplat - uma das melhores coisas na Parte 1 - é sempre algo a ser conferido com calma e, a julgar pelos títulos das canções, bons momentos estão por vir.

Entretanto, me parece que muito da trama é revelada no trailer, talvez até demais. Me pergunto o que pensam aqueles que não sabem como a saga termina. É tão óbvio assim ou mais uma questão de se tornar evidente quando conhecemos a revelação?

Adaptações Literárias

Every Day Poster Every Day [via Awards Daily]

Com a atual "criatividade" de Hollywood, não há nada mais comum que adaptações literárias. Em um ano que reúne bruxos, vampiros, encontros anuais, viagens de limusine e futuros distópicos, o que se pode esperar?

OBS: Em uma tentativa de reviver este blog, este é o tema da semana - que, obviamente, começa na quinta.

Cenas de uma Vida: Quem Tem Medo de Virginia Woolf?

O primeiro filme que vi com Elizabeth Taylor foi A Megera Domada, mas só entendi o apelo da atriz no excelente Quem tem medo de Virgínia Woolf?.

Rendeu-lhe o segundo Oscar de Melhor Atriz e provou aos críticos que o primeiro, por Disque Butterfield 8, não tinha sido um mero ato de piedade.

Descanse em paz, Mrs. Taylor Hilton Wilding Todd Fisher Burton Burton Warner Fortensky. Foi uma vida magnífica, e o cinema será eternamente grato.

Elizabeth Rosemond Taylor (27 de fevereiro de 1932 - 23 de março de 2011) 

God of Carnage

Christoph Waltz, Kate Winslet, Jodie Foster, John C. Reilly.

Com este elenco, e inspirado em uma das peças mais badaladas de 2009, não é surpresa que God of Carnage seja um dos filmes mais esperados - para mim, pelo menos. A história, baseada na obra da dramaturga francesa Yasmina Reza, trata do encontro de dois casais que se reúnem para discutir a briga de dois de seus filhos em um parque e, obviamente, o argumento racional do início não se sustenta por muito tempo, levando a uma noite de acontecimentos, no mínimo, bizarros.

Declarações recentes de Jodie Foster para o site Ain't It Cool News levam a crer que o filme esteja pronto até o fim do ano e, aparentemente, o diretor Roman Polanski vai manter o clima da história original.

Quint: I imagine it’s probably opened up a little bit more from the play.
Jodie Foster: No, not at all. It is just in one house, one room, all in real time and I think that’s what interested Roman was keeping it in real time. You don’t even go to the bathroom, it’s all in real time, and I think the relationship between the four of us is just we are all madly in love with each other is pretty funny. We are all very different people, I mean Kate [Winslet] is so different from John [C. Reilly] and Christoph [Waltz] and we spend every minute together and we have a little room on the set that’s our little room where we go in and we talk about people and sometimes we will be asleep in the bed (Laughs) like three of us will be asleep in the bed and then one person will be on the chair waiting for the shot and it’s been great. It’s like a little family.

A versão teatral americana foi vencedora de três prêmios Tony, incluindo Melhor Atriz em uma Peça para Marcia Gay Harden e Melhor Peça, além de ter todos os outros três membros do elenco - Jeff Daniels, James Gandolfini e Hope Davis - indicados por atuação. Olho nas apostas do Oscar.

A revista Empire trás as primeiras fotos.

Um Filme, Uma Cena: Obliviate

Vídeo sem encorporação. Clique na imagem.

Cenas de Cinema: Lago dos Cisnes

Billy Elliot foi o primeiro longa da carreira de Stephen Daldry - e sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Diretor. Seus outros dois filmes, As Horas e O Leitor também o levaram ao Kodak Theater, mas a história do garoto que deixa o boxe pelas sapatilhas de balé ainda é um das discussões mais inocentes e relevantes sobre a sexualidade na dança no mundo atual.

Na cena final, um Billy adulto estrela a coreografia de Matthew Bourne para O Lago dos Cisnes, onde todos os dançarinos são homens. Ver a realização do dançarino que aprendemos a respeitar ao longo do filme, partindo de um jovem incompreendido e sem confiança até o protagonista da produção é incrível.

Take a Stress Pill

Screenshot World

  Look, Dave, I can see you're really upset about this. I honestly think you ought to sit down calmly, take a stress pill and think things over. I know I've made some very poor decisions recently, but I can give you my complete assurance that my work will be back to normal. I've still got the greatest enthusiasm and confidence in the mission. And I want to help you.

Mildred Pierce

Kate Winslet anda trabalhando duro pelo seu EGOT.

A HBO lançou a pouco tempo o making-of das filmagens de sua nova minissérie, Mildred Pierce. Estrelando a atriz britânica e também contando com Evan Rachel Woods e Melissa-fucking-Leo, a obra dirigida por Todd Haynes - do excelente Longe do Paraíso - é uma releitura do filme homônimo que deu o Oscar a Joan Crawford, baseado no livro de James M. Cain.

Não posso dizer que tenha visto ou lido os originais, mas a julgar pelos promos e também pelas imagens abaixo, meu dia 27 de março já tem programa marcado. E o Emmy de 2011 para Melhor Atriz em Filme para TV ou Minissérie (ou alguma categoria equivalente) já tem - aparentemente - dona.

Alguém tem uma peça ou musical para sugerir a Sra. Winslet?

Posters: IMP Awards

Cenas de Cinema: Adeus, Lênin

Em Adeus, Lênin, o protagonista tenta proteger a mãe, socialista inveterada e com problemas no coração, de descobrir a verdade sobre a queda do Muro de Berlim. Durante meses, ele elabora falsos noticiários e encontra produtos da era antiga para tentar poupá-la do choque. 

Nesta cena, a matriarca pela primeira vez sai do apartamento e sente o choque da civilização ocidental na antiga Alemanha oriental. A estátua de Lênin é um momento a parte e o filme é parada obrigatória para qualquer cinéfilo.

Dream Portrait Series Ads

Olivia Wilde e Alec Baldwin em Branca de Neve e os Sete Anões

Penelope Cruz e Jeff Bridges em A Bela e a Fera

Queen Latifah em A Pequena Sereia

Saíram hoje as novas fotos da campanha da Disney, que traz personagens de suas mais famosas criações reimaginados pela excelente Annie Leibovitz. Versões anteriores já contaram com Julianne Moore como Ariel, em A Pequena Sereia e Rachel Weisz como Branca de Neve.

Fonte: /Film

Feliz Aniversário, La Liz

Dame Elizabeth Rosemond Taylor, DBE - Nascida em 27 de fevereiro de 1932

Que venham muitos outros.

2 Oscars. 7 maridos. Um hilária participação em Here's Lucy, com o - na época - marido, Richard Burton.

Cena completa, com incorporação desativada, aqui.

Foto: This is not porn - Excelentes fotografias, por indicação de @ebertchicago

Previsões Finais: Academy Awards 2011

• Minhas apostas - nem que seja para rir do fracasso segunda - para a premiação de domingo, divididas em quatro úteis categorias.
• Pedra Cantada: Categorias responsáveis pelos momentos de silêncio assustador e aplauso discreto caso o franco-favorito ouse perder. São culpadas pelo fracasso de muitas apostas.
• Nadou, Nadou: Aquelas cujos vencedores estão quase certos, mas tem sempre alguém correndo por fora.

• Entre a Cruz e a Espada: Categorias nas quais os possíveis vencedores se dividem entre dois ou mais, mas que são altamente beneficiadas se a Academia decidir super valorizar o vencedor de Melhor Filme.
• Uni-Duni-Tê: Aqui, qualquer coisa vale. Mandinga, reza braba, trevo de quatro folhas.

• Não Vejo, Não Digo, Não Ouço: A beleza do chutômetro mor é adivinhar sem nada conhecer.

Categorias "Pedra Cantada" ou "Não se Esqueçam do Jason Reitman"

• Melhor Ator: Colin Firth, por “O Discurso do Rei”
• Melhor Filme de Animação: Toy Story 3
• Melhor Roteiro Adaptado: Aaron Sorkin, por "A Rede Social"

Categorias "Nadou, Nadou" ou "Não se Esqueçam do Russell Crowe"

• Melhor Filme: O Discurso do Rei
• Melhor Atriz: Natalie Portman, por “Black Swan”
• Melhor Ator Coadjuvante: Christian Bale, por "O Vencedor"
• Melhor Maquiagem: The Wolfman
• Melhor Curta de Animação: Day & Night
• Melhor Roteiro Original: David Seigler, por "O Discurso do Rei"

Categorias "Entre a Cruz e a Espada" ou "Não se Esqueçam de Guerra ao Terror"

• Melhor Diretor: David Fincher, por A Rede Social
• Melhor Edição: A Rede Social
• Melhor Direção de Arte: O Discurso do Rei
• Melhor Figurino: Alice no País das Maravilhas
• Melhor Fotografia: Bravura Indômita
• Melhor Trilha Sonora: O Discurso do Rei
• Melhor Edição de Som: A Origem
• Melhor Mixagem de Som: O Discurso do Rei
• Melhores Efeitos Visuais: A Origem

Categorias "Uni-Duni-Tê" ou "Não se Esqueçam da Marcia Gay Harden"

• Melhor Atriz Coadjuvante: Helena Bonham Carter, por "O Discurso do Rei”
• Melhor Documentário: Exit Through the Gift Shop
• Melhor Canção Original: We Belong Together, de Toy Story 3

Categorias "Não Vejo, Não Falo, Não Ouço" ou "Não se Esqueçam de Chutar as Categorias não Vistas"

• Melhor Documentário de Curta Metragem: Strangers No More
• Melhor Filme Estrangeiro: In a Better World
• Melhor Curta: Wish 143

Oscars 2011: Curta Metragem de Animação

Day & Night - EUA, 6min

Let's Pollute - EUA, 6min (Vídeo com narração em francês)

The Gruffallo - Inglaterra/ Alemanha, 27min

Caso não apareça, clique aqui.

The Lost Thing - Autrália/Inglaterra, 15min

Madagascar, Carnet de Voyage - França, 12min

Uni-Duni-Tê: Canção Original

A grande celebração do cinema americano é amanhã e, em todo o mundo, blogueiros desesperados tentam adivinhar seus vencedores. Como sempre, existem categorias nas quais nem os especialistas (e sim, existe gente especializada em previsões de premiações) conseguem chegar a alguma conclusão.

Nestes casos, só nos resta o bom e velho Uni-Duni-Tê. Obviamente, nada impede o uso de Em-Cima-do-Piano-Tem-Um-Copo-de-Veneno. Vai da sua escolha pessoal.

Música (Canção Original)

       “Coming Home” de “Country Strong” Música e Letra de Tom Douglas, Troy Verges e Hillary Lindsey

• “I See the Light” de “Enrolados” Música de Alan Menken e Letra de Glenn Slater
• “If I Rise” de “127 Horas” Música de A.R. Rahman Letra de Dido e Rollo Armstrong
• “We Belong Together” de “Toy Story 3" Música e Letra de Randy Newman

Antes das indicações acontecerem, o vencedor da categoria estava praticamente decidido. Votos entregues, número de comédia preparado e... You Haven't Seen the Last of Me nem aparece.

Como?

Sir Elton John concorda, mas agora temos um grande problema: em quem apostar?

Das músicas de Country Strong, eu prefiro Me and Tennessee, que é - por motivos óbvios - como Coldplay soaria se fosse uma banda country. Entretanto, Coming Home ainda é uma balada forte e interessante. Além disso, dizem que aparece em um momento central no filme, o que costuma ajudar. Seus concorrentes, porém, vêm de nomes provavelmente fortes demais para serem ignorados.

I See the Light é território familiar para Alan Menken, remanescente de suas canções originais das décadas de 80 e 90, que já lhe valeram 8 Oscars™. É tradicional a ponto de ser tradicionalista, mas representa um momento marcante do longa, o que pode ser suficiente para render a Menken sua nona vitória. Se você acredita em estatísticas, porém, ele recebeu Oscars™ duplos nos quatro anos em que foi indicado também para Melhor Trilha Sonora, e perdeu em todas as vezes que não recebeu a segunda indicação. Este ano I See The Light foi a única menção a seu nome pela Academia.

A.R. Rahman, depois dos prêmios recebidos pela trilha de Quem Quer Ser Um Milionário?, se uniu a Dido para compor a canção de 127 Horas. Os vocais me lembram um pouco as trilhas de Annie Lennox e Enya nos filmes da trilogia O Senhor dos Anéis, mas não acho que tenha força o suficiente para vencer a categoria. Pode se beneficiar se decidirem dar a ele o único prêmio de seu filme.

De outro aclamado compositor vem We Belong Together, uma música divertida em um filme extremamente bem visto pela Academia e pelo público, além de ser parte de uma trilogia que causa saudosismo nos votantes. É provavelmente a melhor aposta neste contexto, já que o único Oscar™ de Randy Newman veio em 2002, por Monstros SA, apesar de suas 20 indicações.

Ai, se dependesse de mim...: Coming Home, de Country Strong

Uni-Duni-Tê: We Belong Together de Toy Story 3

Vale lembrar que este é um grupo que raramente segue o esperado. Alguém se lembra do Three 6 Mafia levando o prêmio pela fantástica canção sobre as dificuldades da vida de um cafetão?

Cenas de Cinema: O Conto dos Três Irmãos

Em uma das mais impressionantes seqüências do filme Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1, vemos  uma inteligente solução n'O Conto dos Três Irmãos. Assim como no livro original, Hermione conta a lenda original das relíquias da morte para Harry mas o diretor David Yates foge do esperado e aposta em um aumento de orçamento que enriquece e muito a obra final.

A direção fica por conta do suíço Ben Hibbon, cuja primeira empreitada em um longa metragem parece ser o peculiar Pan, uma releitura do menino que se recusava a crescer como vilão em um thriller moderno.

Bônus: Aqui, uma entrevista com a Framestore, que animou a sequência. (Em inglês)

[os filmes de] Danny Boyle

Kees van Dijkhuizen ataca novamente.

No novo vídeo de sua série [the films of] revemos a filmografia de Danny Boyle. Suas características extremamente energéticas e caóticas são refletidas na montagem, assim como a predileção por interessantes trilhas sonoras.

04:03:02

Greese com toques de Sofia Coppola por James Franco e Anne Hathaway?


Faltam 4 dias e 50 minutos.

Um Filme, Uma Cena: A Regata Henley

Vencedores do Eddie, o prêmio do sindicato dos editores americanos, e com grandes chances no Oscar™ deste domingo, a dupla Angus Wall e Kirk Baxter faz um trabalho fantástico em A Rede Social e, em particulas, em uma das cenas mais memoráveis do longa - a Regata Henley.

Nas palavras de David Fincher:

"We could only shoot 3 races at the Henley Royal Regatta; We had to shoot 4 days of boat inserts in Eton. The only way to make the date for release was to make the backgrounds as soft as humanly possible. I decided it might be more “subjective” if the world around the races fell away in focus, leaving the rowers to move into and out of planes of focus to accentuate their piston-like effort."

Filmada e dirigida com uma incrível maestria, a sequência demonstra que este é - enquanto produção técnica - um filme muito maior do que uma simplista pseudo-biografia sobre o Facebook, como alguns têm dito. Auxiliada pela trilha sonora que, em uma decisão interessante de Atticus Ross e Trent Reznor, não é original, mas sim uma releitura de "In The Hall of the Mountain King", de Edvarg Grieg, este é um exemplo de excelência no cinema moderno.

Cenas de Cinema: Rede de Intrigas

Incorporação desativada. Clique na imagem para assistir a cena.

Get out, go anywhere you want, go to a hotel, go live with her, and don't come back. Because, after 25 years of building a home and raising a family and all the senseless pain that we have inflicted on each other, I'm damned if I'm going to stand here and have you tell me you're in love with somebody else. Because this isn't a convention weekend with your secretary, is it? Or - or some broad that you picked up after three belts of booze. This is your great winter romance, isn't it? Your last roar of passion before you settle into your emeritus years. Is that what's left for me? Is that my share? She gets the winter passion, and I get the dotage? What am I supposed to do? Am I supposed to sit at home knitting and purling while you slink back like some penitent drunk? I'm your wife, damn it. And, if you can't work up a winter passion for me, the least I require is respect and allegiance. I hurt. Don't you understand that? I hurt badly.

Na definição de uma atuação coadjuvante, Beatrice Straight tem exatos 5 minutos e 40 segundos de cena nos 121 minutos do memorável Rede de Intrigas. A descrição do sofrimento da esposa traída foi suficiente para garantir à atriz um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 1976.

One Day

Um dia. Vinte anos.

É este o tema do novo filme de Anne Hathaway, One Day. Baseado no livro de David Nicholls, o filme ilustra um romance nos moldes de Harry e Sally - Feitos Um Para o Outro, onde um casal se encontra uma vez por ano, ao longo de uma vida inteira. 

Admito que a leitura não me agradou tanto quanto esperava, mas a diretora Lone Scherfig conseguiu resultados interessantes em Educação, também adaptado da literatura inglesa moderna. O pôster, lançado nesta semana, utiliza uma interessante coloração, quase sépia, que ilustra bem o tom do agridoce do romance.

A conferir.

Fonte: Cinema Blend

[os filmes de] Sofia Coppola

Os filmes de Sofia Coppola são caracterizados por sua delicadeza de planos e sutileza de emoções. Kees van Dijkhuizen os utiliza no primeiro de 12 pequenos vídeos da sua coleção [the films of], que retrata a progressão na obra de um diretor.

Brilho Eterno de um Talk Show sem Lembranças

Se algum dia eu finalmente escrever a famigerada lista "Filmes da Minha Vida", Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças estará entre os primeiros. Os roteiros de Kaufman sempre me fascinaram, mas para que estes funcionem, precisa-se de um diretor que represente bem a visão deste tipo de filme, o que acontece com Michel Gondry.

Apesar das duas últimas investidas do diretor francês - Rebobine, Por Favor e O Besouro Verde - não terem agradado a crítica especializada, não se pode negar que seu estilo pessoal é incomparável. Assim, a notícia de que ele seguiria os passos de Quentin Tarantino e dirigiria um episódio do talk show Jimmy Kimmel Live! não chegou sem sua dose de surpresa.

O monólogo inicial, disponível no YouTube, tem referências ao mundo dos sonhos e recomeços, passagens inexplicavelmente diminutas e, porque não, Michel Gondry tocando bateria à la clipe The Hardest Button to Button, do The White Stripes, também dirigido por ele. Confira abaixo, em inglês.

Foto: Layla Chaab

Candidatos ao Oscar na W

  

As já tradicionais coberturas do Oscar sempre se caracterizam por interessantes editoriais e ensaios fotográficos. Os destaques da revista W trazem um interessante panorama, misturando o glamour e a excentricidade de Hollywood. Ensaio completo aqui.

Jogada de Risco

Um dos destaques da Black List deste ano, o roteiro de Margin Call foi a atração inicial, mas este poster, recém lançado, me chamou a atenção. Observe-o bem. Notou alguma coisa?

Você prestou atenção? Reparou os nomes ao longo da parte superior direita? Viu o que está faltando?

Sim, por incrível que pareça, um filme que conta com Kevin Spacey, Jeremy Irons, Demi Moore e Mary McDonnell consegue fugir do mais comum - e irritante - fenômeno da arte de criação de posters: as cabeças voadoras.

Piadas a parte, é admirável notar a divulgação de um filme que limita-se a citar seu elenco, sem forçar o público a reviver suas faces com a vã esperança de que associem o rosto de Stanley Tucci ao cara que ajudava a princesa em O Diabo Veste Prada ou Demi Moore com a esposa de Ashton Kutcher.

Ainda que uma versão mais tradicional provavelmente esteja a caminho, a estréia do diretor/escritor JC Chandor, que mostra as últimas 24 horas de uma empresa que foi a falência na crise financeira da década passada e que fará sua estréia no Festival de Sundance já faz parte da minha lista de filmes mais esperados do ano.