Contagion, ou até quando spoiler é realmente spoiler

Contagion é o tipo de filme que cinéfilos mais conservadores poderiam, em primeiro momento, ignorar em função de sua temática. Realmente precisamos de mais um filme que faz reflexões sociais com metáforas pouco veladas usando a raça humana e determinada ameaça para sua sobrevivência? O pedigree por trás e em frente às câmeras, porém, logo os obriga a repensar. 

Dirigido por Steven Soderbergh (Traffic) e contando com Kate Winslet, Matt Damon, Jude Law, Gwyneth Paltrow, Marion Cotillard, Laurence Fishburne e Sanaa Lathan no elenco, rapidamente se transformou em uma das principais atrações do ano.

via /Film

O pôster divulgado esta semana, por sinal, mostra uma resistência louvável às cabeças flutuantes - coisa raríssima com tal elenco - e mostra um conceito extremamente interessante na formação do título. Duvido que as distribuidoras não nos darão pelo menos um daqueles designs dignos de medo, mas por hora foi um excelente trabalho por parte do time de divulgação.

A grande polêmica dos últimos dias, porém, foi a suposta presença de spoilers no trailer de Contagion. Veja - e continue lendo - por sua própria conta e risco.

Sim, a julgar por ele, a personagem de Gwyneth Paltrow morre. Sim, isso me faz querer ver o filme ainda mais. E não, não acho que tenha sido um erro da produção divulgar esta informação.

Pra começar,  ninguém sabe quando esta morre ocorrerá e nem mesmo se não é um sonho/trama paralela que faz com que os médicos digam isso ao personagem de Matt Damon. Além disso, em um filme com grandes nomes, o público cria um falso senso de segurança que é rapidamente dissipado com este trailer. Se mataram a coitada da Gwyneth, o que os impede de matar Kate Winslet?

Esse tipo de dúvida fica na cabaça do espectador até o fim da película, que não tem a certeza - tão presente em filmes de ação regulares - de que tudo terminará bem no final.